Boas Novas sobre os Projetos do Arquiteto Bellucci para Maringá
Quando iniciei há alguns anos meus estudos históricos sobre as primeiras décadas de Maringá, causou-me estranheza o fato de nunca serem apresentados nos inúmeros trabalhos de pesquisa – acadêmicos ou não – os projetos arquitetônicos de importantes obras, em especial da bela, pitoresca e mundialmente famosa Catedral de Maringá.
Neste contexto emerge o nome do arquiteto José Augusto Bellucci (e seu conceituado "Escritório Bellucci"), que projetou diversas obras nas primeiras décadas da Cidade Canção, tais como:
A explicação para a ausência sentida é simples e deprimente: desconhece-se, no âmbito de Maringá, o paradeiro deste material. Não se sabe, de modo geral, nem ao menos se ele ainda existe.
Obviamente cada um destes projetos tem um altíssimo valor histórico e nunca deveriam ter sido "perdidos"; por outro lado, eles tem também enorme importância prática, pois grandes intervenções que se fizerem desejadas (ou necessárias) nas obras citadas ficarão prejudicadas – ou mesmo inviabilizadas – por falta do projeto original.
Neste contexto emerge o nome do arquiteto José Augusto Bellucci (e seu conceituado "Escritório Bellucci"), que projetou diversas obras nas primeiras décadas da Cidade Canção, tais como:
- Grande Hotel Maringá (1951-55);
- Terminal de passageiros do aeroporto (1953);
- Maringá Clube (1956);
- Reurbanização da Praça Napoleão Moreira da Silva (1957);
- Catedral Basílica Menor nossa Senhora da Glória e seu mobiliário (1959-72);
- Cemitério Municipal (início da década de 60);
- Paço Municipal (1967).
A explicação para a ausência sentida é simples e deprimente: desconhece-se, no âmbito de Maringá, o paradeiro deste material. Não se sabe, de modo geral, nem ao menos se ele ainda existe.
Obviamente cada um destes projetos tem um altíssimo valor histórico e nunca deveriam ter sido "perdidos"; por outro lado, eles tem também enorme importância prática, pois grandes intervenções que se fizerem desejadas (ou necessárias) nas obras citadas ficarão prejudicadas – ou mesmo inviabilizadas – por falta do projeto original.
Algumas notas em jornais/blogs maringaenses mencionam e lamentam a falta deste material; no mesmo sentido, o Padre Virgílio Cabral dos Santos, pároco da Catedral de Maringá, diz sobre o projeto da Catedral em entrevista recente ao programa Balanço Geral (2019):
"Infelizmente até hoje não encontramos ... Não sabemos, já procuramos, o arquiteto já faleceu ... Há muito tempo atrás foi tentado um contato, também não conseguimos... de maneira que, se alguém puder nos ajudar e souber, agradecemos."
Se uma pessoa ou grupo tem tal informação, não divulgou para o grande público.
Recentemente obtive a informação de que a Gerência de Patrimônio Histórico havia conseguido as plantas da Praça Napoleão Moreira da Silva. E só.
Devido à este vácuo e a um interesse pessoal no projeto da Catedral, procurei de maneira extensiva na WEB o material e, afortunadamente, encontrei onde os originais estão localizados.
Recentemente obtive a informação de que a Gerência de Patrimônio Histórico havia conseguido as plantas da Praça Napoleão Moreira da Silva. E só.
Devido à este vácuo e a um interesse pessoal no projeto da Catedral, procurei de maneira extensiva na WEB o material e, afortunadamente, encontrei onde os originais estão localizados.
Entre vários acervos catalogados pelo Serviço de Biblioteca e Informação da FAU-USP, consta:
Certo da importância para Maringá de tal achado, brindei sozinho no meu quarto à este resgate histórico.
No presente, estou contatando pessoas/instituições interessadas e capazes de trazer este material para a cidade, e já percebi que custará tempo, energia e muita verba.
Minha esperança é de que as coisas caminhem azeitadamente para que isto se efetive de maneira rápida e integral.
Preservemos sempre a história de Maringá, pois uma cidade que não se interessa pelo seu passado caminha com tibieza pelo presente e não consegue lançar ao futuro um olhar e direcionamentos de qualidade.
19. Coleção José Augusto Belucci (1907-1998) e José Carlos Belucci.Descrição: Desenhos de arquitetura em papel vegetal e heliográfica. Projetos de arquitetura para edifícios residenciais, comerciais, administrativos, públicos, industriais, para transportes. Quantidade: 300 projetos. Origem/Procedência: Família. Data da Doação: 2004.Me comuniquei com a instituição e, por sorte, um dos emails que enviei foi respondido afirmativamente. Abaixo coloco parte da missiva eletrônica contendo a confirmação:
Certo da importância para Maringá de tal achado, brindei sozinho no meu quarto à este resgate histórico.
No presente, estou contatando pessoas/instituições interessadas e capazes de trazer este material para a cidade, e já percebi que custará tempo, energia e muita verba.
Minha esperança é de que as coisas caminhem azeitadamente para que isto se efetive de maneira rápida e integral.
Preservemos sempre a história de Maringá, pois uma cidade que não se interessa pelo seu passado caminha com tibieza pelo presente e não consegue lançar ao futuro um olhar e direcionamentos de qualidade.
Valdecir_Mgá
22 Nov 2019
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